Dezembro é o mês que a Sociedade Brasileira de Dermatologia atua para alertar sobre os sinais do câncer de pele para diagnóstico e tratamento precoce, aumentando as chances de cura na grande maioria dos casos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente são diagnosticados 180 mil novos casos da doença. Isso significa 1 em cada 4 novos casos de câncer no Brasil, é de pele.
Existem diferentes tipos de câncer de pele e podem se manifestar de forma distintas, sendo os três mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma, e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticado e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma , apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura. Em todos eles, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é o principal fator de risco que pode desencadear a doença.
Ela pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida, como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso) ou como uma ferida que não cicatriza. É muito importante que a pessoa se examine regularmente e também que peça ajuda aos familiares pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões que não é possível reconhecer sozinho, como costas e pescoço. No caso do aparecimento de uma pinta, mancha ou ferida, procure um dermatologista imediatamente. Ao se expor ao sol, é importante que as áreas descobertas estejam protegidas, mesmo em dias frios e nublados.
Algumas medidas podem ser tomadas para que a prevenção seja efetiva:
- Evitar se expor ao sol nos horários de maior
incidência solar (das 9 as 15h);
- Utilizar chapéus de abas largas, óculos de sol
com proteção UV e roupas que cubram boa parte do corpo;
- Procurar locais de sombra;
- Manter uma boa hidratação corporal;
- Uso diário de protetor solar com proteção de no mínimo 30, que deve ser reaplicado a intervalos de duas a três horas, ou após longos períodos de imersão na água.
Como identificar pintas suspeitas?
Para facilitar a identificação de lesões suspeitas, os
dermatologistas criaram uma metodologia baseada nas letras do alfabeto:
(A) de assimetria:
quanto mais assimétrica for uma mancha ou pinta, maior o risco de ser um
câncer;
(B) de bordas: bordas irregulares também são sinais de perigo;
(C) de cor: pintas com mais de uma cor e com tons pretos podem
ser melanomas;
(D) de diâmetro: lesões com mais de 5 milímetros merecem mais
atenção;
(E) de evolução: mudanças na cor, tamanho ou forma de uma
lesão ou pinta devem ser investigadas.
Devemos sempre lembrar que vivemos num país tropical e que os dias ensolarados e quentes é uma constante na nossa vida. Proteja a sua saúde, use filtro solar e evite a exposição excessiva ao sol. Consulte um dermatologista no caso de uma pinta ou sinal suspeito. Nada vale mais do que a sua saúde! Pense nisso?
Dra. Melina Lucchesi
Médica e Pós graduada em dermatologia
CRM/SP 156302